quarta-feira, 31 de março de 2010

O PORQUÊ DAS COISAS

CARTA ABERTA AOS CASTANHEIRENSES


O PORQUÊ DAS COISAS”


Convidado pelo Presidente da Câmara a participar num workshop sobre Desenvolvimento Local que se realizou na Câmara Municipal, há sensivelmente dois anos e meio, confrontei a Drª Ana Paula Neves e o Sr. Arnaldo Santos, enquanto Autarcas que, ao tempo, tinham ou haviam tido responsabilidades na Administração da Prazilândia, com o Total Imobilismo e Falta de Estratégia com que se estava a olhar para o sucesso da Praia das Rocas.

Pois bem, com o mesmo espanto com que eu não compreendia e achava perigoso e pouco curial para o Futuro da Castanheira, que se deixasse tamanho sucesso ao Deus dará, sem ser devidamente “tratado”, sem ser enquadrado numa Estratégia mais Ampla e Transversal, a Drª Ana Paula e o Sr. Arnaldo desdobraram-se em argumentos para tentar demonstrar que eu estava enganado e que não era possível fazer mais nem melhor até “porque a situação deixada pelo ex-Presidente da Câmara, Pedro Barjona, era insustentável!...”.

Contrapus, exemplificando que a Praia das Rocas era como que uma “criança”acabada de nascer, de que era preciso cuidar, levar à escola na altura certa e acompanhar até à maioridade e que eles, enquanto “adultos”, eram as pessoas a quem tinha sido “entregue essa responsabilidade”!

Alertei-os, vivamente, para o facto de que se deixassem “cair” a Praia das Rocas, a seguir, podia gastar-se o dinheiro que se quisesse em publicidade para tentar recuperar a imagem granjeada, que jamais se conseguiria, e aí, a Castanheira, teria tombado definitivamente!

Bom, “a coisa” foi encerrada com a intervenção de um destacado ex-Autarca Castanheirense ali presente, com carreira feita no PS, quando disse: “atenção, tomem a devida nota de tudo o que o Zé Manel Tomaz Henriques está a dizer, porque é verdade e pode acontecer, e se acontecer, pode mesmo ser o fim!...”

Este episódio, somado a muitas e muitas outras situações de que me fui apercebendo e que me preocuparam muito enquanto Castanheirense, foi o que me fez procurar imensas vezes o Dr. Fernando Lopes para lhe dar conta das minhas críticas construtivas, e que me levou a propor-lhe, no fim da Primavera de 2009, a criação de uma empresa privada que angariasse publicidade e promovesse eventos que, legalmente e em parceria com a Câmara e/ou a Prazilândia, pudesse implementar um projecto de Animação e Desenvolvimento Turístico e de Lazer que afirmasse a Castanheira em contextos mais amplos e ambiciosos.

Depois de algumas conversas em que explanei várias das ideias que achava importante desenvolver, o Presidente da Câmara perguntou-me se, caso ganhasse as Eleições Autárquicas de Outubro, eu não estaria disposto a desenvolve-las através do cargo de Administrador da Prazilândia.

Surpreendido, porque nunca fora esse o meu objectivo, recusei.

Contudo, depois de ter amadurecido a ideia, aceitei com uma condição: que fosse o Dr. Fernando Lopes o Presidente do Conselho de Administração, condição que aceitou.

Importa salientar que na altura o Dr. Fernando Lopes julgava, pelo menos foi isso que me disse, que o Conselho de Administração podia ser composto, apenas, por nós os dois.

Após a sua Tomada de Posse e depois de alguns adiamentos, quando começou a tratar do assunto, disse-me que tinha sido alertado pela Drª Castanheira Neves para o facto de o Conselho de Administração ser, obrigatoriamente, composto por três elementos e, por isso, marcamos uma reunião para tratar do assunto.

Nessa reunião, cuja data não sei ao certo, mas que aconteceu entre os dias 20 e 30 de Novembro, adiantou-me, preocupado, que a Drª Castanheira Neves lhe tinha traçado um “quadro muito negro” sobre a Prazilândia e que a situação impunha um saneamento financeiro que poderia passar pelo despedimento de pessoal.

Acordámos, então, que o terceiro Administrador que viéssemos a escolher não seria remunerado e, portanto, não-executivo, e que se estudaria uma forma de compensação digna, mas de baixo custo, tipo senhas de presença nas reuniões, deslocações, telemóvel, etc.


AS ESCOLHAS DOS NOMES”

Os pormenores de todas as negociações que decorreram ao longo dos últimos cinco meses, a serem divulgados, se-lo-ão, primeiro, nas sedes próprias.

Seguidamente, transcrevem-se as várias hipóteses que estiveram em apreciação ou negociação para o Conselho de Administração da Prazilândia.


Primeira Hipótese

Proponente: José Manuel Henriques


Presidente: Dr. Fernando Lopes

Administrador Executivo: José Manuel Henriques

Administrador Não Executivo: Sr. Pedro Graça


Nota: Esta hipótese ficou em stand by por 3 ou 4 dias.



Segunda Hipótese

Proponente: Dr. Fernando Lopes


Presidente: José Manuel Henriques

Dois Administradores Executivos e Remunerados


Nota: Esta proposta foi-me apresentada numa reunião no dia 2 ou 3 de Dezembro. Recusei, peremptoriamente, por ser onerosa para a empresa e dificultar o financiamento do Projecto e a consequente Dinamização Turística e Económica da Castanheira.


Terceira Hipótese

Nota: Recuperou-se a primeira hipótese aqui enunciada e o Dr. Fernando Lopes desenvolveu (?) negociações durante todo o mês de Dezembro para, no inicio de Janeiro, me dizer que tinha sido vetada pela Drª Ana Paula Neves e pelo Sr. Arnaldo Santos.


Quarta Hipótese

Proponentes: Dr. Fernando Lopes e José Manuel Henriques


Presidente: Dr. Fernando Lopes

Administrador Executivo: José Manuel Henriques

Administrador Não Executivo


Nota: Esta hipótese foi desenvolvida entre os primeiros dias de Janeiro e o dia 27 de Fevereiro. A pessoa contactada, inicialmente aceitou o convite e mais tarde declinou-o.


Quinta Hipótese

Proponente: Dr. Fernando Lopes


Presidente: Dr. Fernando Lopes

Administrador Executivo: José Manuel Henriques

Administrador Não Executivo: Sr. José Ribeiro


Nota: Esta hipótese, pelo menos foi o que o Dr. Fernando Lopes me fez crer, foi desenvolvida entre os dias 1 e 9 de Março.


Sexta Hipótese

Proponentes: Dr. Fernando Lopes e outros


Presidente. Sr. José Ribeiro

Administradores Executivos: Drª Clara Kalidás e José Manuel Henriques


Nota: Esta hipótese foi-me apresentada no dia 10 de Março numa reunião em casa do Dr. Fernando Lopes.

Perante tão surpreendente proposta confrontei o Dr. Fernando Lopes com um conjunto de perguntas e simulações na tentativa de perceber a extensão da sua atitude.

E percebi !...


O resto, é conhecido !...

quinta-feira, 18 de março de 2010

NOTA EXPLICATIVA

Depois de todos os acontecimentos recentes em que me vi envolvido por causa da Prazilândia e que esteve, aliás, na base da criação deste blog, tenho a Legitimidade e o Dever de me dirigir aos Castanheirenses para lhes explicar e aclarar muitos aspectos deste processo que não podem ficar pela sua metade.

Com o formato de uma Carta Aberta e sob um alinhamento fraccionado, vou desenvolver nos próximos dias os seguintes títulos:
  • Desenvolvimento do Projecto
  • O Porquê das Coisas
  • Decepção, Indignação e Coluna Vertebral
  • Democracia, Eleições e Legitimidade Política

O Desenvolvimento do Projecto, que até nem devia ser o primeiro título a desenvolver, vai sê-lo por duas razões:
  1. Porque no essencial Estratégico, Financeiro, Económico e Estrutural foi devidamente explicado e desenvolvido nas várias conversas e reuniões que nos últimos meses mantive com o Presidente da Câmara, por forma a que, tanto ele como o Executivo, por seu intermédio, conferissem o alcance das propostas enuncias, e antes que se apoderem das minhas ideias vou entregar o Projecto com todo o seu desenvolvimento na Secretaria da Câmara e pedir uma cópia autenticada;
  2. Porque assim, todos os Castanheirenses ficarão a saber, em pormenor, o que se pensava fazer e como.

quarta-feira, 17 de março de 2010

MEMÓRIA FUTURA BEM CONTADA

Depois de vários meses de um inacreditável processo com telefonemas, sms, mails e reuniões e mais reuniões com o Presidente da Câmara, com o objectivo de constituir o Conselho de Administração da Prazilândia, para o qual fui, por ele, convidado em Julho passado, resolvi auto excluir-me do processo por não ver cumpridos os pressupostos acordados.

Com efeito, a referida auto exclusão decorre e confirma-se pela ausência de resposta do Presidente da Câmara a uma mail que lhe enviei na passada segunda-feira, e que a seguir se transcreve.

O documento em questão tem por objectivo tornar público aos Castanheirenses o comportamento que está subjacente a uma tomada de decisão deveras importante para o Futuro de Castanheira.



Caro Fernando Lopes,

Depois da nossa reunião, em sua casa, no dia dez do corrente, reflecti muito sobre o que falámos e sobre a sua nova proposta de configuração da Administração da Prazilândia.

Em primeiro lugar, e apesar das razões de índole particular que invocou para não querer ser o futuro Presidente do Conselho – primeira das três condições fundadoras do nosso acordo –, não acho, sinceramente, que o facto de estar a encarar a hipótese de não terminar o seu mandato, seja razão para alterar o que estava combinado. Quando saísse, se saísse, ver-se-ia.

Depois, porque ao enunciar uma configuração com os três elementos remunerados no Conselho de Administração, contraria outra das condições fundadoras e que passava pela desoneração, saneamento e contenção financeira e previa um só administrador-executivo e remunerado.

Finalmente, a mais importante das três condições fundadoras do nosso acordo, legitimava-se no Projecto de Dinamização e Desenvolvimento que lhe apresentei e que, por inerência de “propriedade”, me permitia a sua implementação no terreno através do cargo de administrador-executivo, ainda que, como combinado, sujeito a avaliações de desempenho anuais.

Ora, quando parecia estarmos perto da solução que há muito urge, e, atendendo a tudo o que me disse nos últimos dias e que passava por colocar no lugar de administrador não executivo, uma “pessoa” sua conhecida de Coimbra, com conhecimentos na área do Turismo, por ter sido assessor do falecido Dr. José Manuel Alves, a configuração que nessa reunião, surpreendentemente, me apresentou, sai fora de tudo o que anteriormente me disse e contraria todos os pressupostos que nos federaram:

- Um administrador remunerado em vez dos três que agora sugere;

- José Ribeiro, seu amigo de Coimbra, não como administrador não executivo, mas como Presidente do Conselho de Administração, lugar que teria de ser seu.

Repare, se se arrancasse, agora, com estas condições, ainda nada havia sido feito e os encargos fixos, fora outros por inerência dos cargos, já tinham aumentado cerca de 4500€/mês, 63000€/ano! (12600 contos/ano!).

Então, como é que se explica e pode ser compreensível que há um mês atrás, quando ainda se “lutava” para que viesse a ser eu o único administrador-executivo e remunerado, me tenha sido proposto, por uma questão de contenção de custos, um abaixamento de salário de 500€/mês, tomando como referência a situação do actual administrador-executivo cujo salário é de 1850€/mês, vindo eu, portanto, a usufruir de 1350€/mês, e agora, esta proposta, contempla 1500€/mês para cada um dos DOIS administradores (Dra. Clara Kalidás e eu), e mais ainda, em regime de meio-tempo, 800€/mês para o Presidente do Conselho, cuja entrega de trabalho seria de um dia por semana?

E andou-se até aqui (cinco meses !), obsessivamente, a construir argumentos para dificultar a minha nomeação, pelo eventual impacto negativo que a mesma poderia ter, mesmo sendo eu o único Castanheirense que se levantou da cadeira confortável da crítica fácil e não construtiva e se aprestou a corporizar o único Projecto Estratégico de curto e médio/longo prazo que se conhece – incluindo todas as administrações da Prazilândia – cuja exequibilidade é inequívoca e a alavancagem financeira facilmente demonstrável?!

Que serviço “estaríamos nós” a prestar à Castanheira?!

Antes que os Castanheirenses se interroguem para tentar perceber o que esteve por detrás ou na base destas decisões, interrogo-me eu, desde já. Agora!


Meu Caro Fernando,

Em todo este processo houve uma coisa que sempre nos aproximou e uma outra que sempre nos separou.

A primeira, foi o valor que sempre me disse reconhecer no Projecto, o interesse enquanto Presidente da Câmara em o ver implementado no terreno e o discernimento que sempre me mostrou para assumir que este projecto, para ser desenvolvido por mim, tinha, obrigatoriamente, de o ter a si como Presidente da Prazilândia.

A segunda – a que sempre nos separou – e é com todo o respeito, como de todas as outras vezes que lho disse, que mais uma vez volto a dizer-lho:

- Seja Presidente da Câmara!

Não tenha dúvidas de que é isso que os Castanheirenses esperam de si!

Quanto às pessoas que aventou para a Administração da Prazilândia, em primeiro lugar e em relação à Dra. Clara Kalidás, nada tenho contra ela, pelo contrário, creio, até, poder dizer que entre nós sempre houve uma grande empatia.

A questão não é essa.

A questão prende-se com aspectos de estratégia financeira.

Por um lado a contenção que a situação da empresa exige, opinião, aliás, partilhada pela Dra. Castanheira Neves e que o Fernando disse que eu deveria ter em conta quando assumisse a Administração, por outro lado, a imperiosa necessidade de canalizar todas as verbas que possam ser aportadas à estratégia de financiamento do Projecto, por forma a garantir o crescimento e a sustentabilidade económica de Castanheira.

Quanto ao Sr. José Ribeiro, cuja nomeação para Presidente sustenta com os factos de, por não ser Castanheirense, mais facilmente “poria ordem na Prazilândia” e cujos “conhecimentos seriam uma mais valia", pergunta-se:

- Os funcionários da Prazilândia devem assim tanto ao desempenho e ao bom comportamento que precisem dum "chicote correctivo", ou apenas e sempre esperaram, sem sucesso, que lhes explicassem qual o Objecto Social da Empresa e lhes fosse apresentada uma Estratégia de Futuro de que se sentissem Parte Integrante e em que as suas situações profissionais fossem clarificadas e classificadas e os seus desempenhos responsabilizados e premiados?!

- E "a mais valia dos conhecimentos" dos Sr. José Ribeiro, preenche, por acaso, algum dos três aspectos de carácter estritamente técnico que o Projecto que apresentei necessita ser munido para, certificadamente, os implementar, e que seguidamente relembro?!

a) Estudo de Mercado para quantificar o valor actual da Praia das Rocas no mercado publicitário e o upgrade decorrente da implementação das acções e eventos a desenvolver;

b) Estudo Sociológico para identificar o público actual da Praia das Rocas e caracterizar o público-alvo;

c) Estudo Técnico e Ambiental para se proceder à renovação das águas da piscina e da Praia, e seu escoamento no leito da ribeira, para, assim, se poder abrir, garantida e certificadamente, a praia às segundas-feiras.

É que para desenvolver todo o resto deste Projecto, cuja exequibilidade não tenho qualquer problema em defender em qualquer lado e qualquer plateia, e tal como se infere do conceito "Slow Cities", se se quiser Afirmar uma Região nos contextos Turístico e de Lazer, no caso, a Castanheira, é fundamental que a partir das Nossas Particularidades e Especificidades criemos Produtos Bem Estruturados e de Qualidade que ofereçam "Hospitalidade, Politica Ambiental, História e Tradições Locais" e só há uma forma de "criar" produtos assim:

- Sabendo para que lado corre o mundo e sopra o vento;

- Nascendo e Vivendo neles e Com eles, mesmo antes deles existirem!;

- Sentindo, Amando, Importando-se!

E a terminar quero dizer-lhe, preocupadamente, que muito mal vai uma Terra onde a Agenda Política, não se pauta por medidas desassombradas e estruturantes mas pela pequena política condicionada por interesses federados, umbilicais e de passo curto.

Não! O que o meu “lastro” de vida, que não é só negativo, me diz, é que Esta Solução Não Acautela os Superiores Interesses da Castanheira e que isso me obriga a olhar para as coisas de outra maneira.


Caro Fernando,

Não quero estar muito mais tempo ligado a este impasse que me desgasta e está a prejudicar , mas que prejudica muito e muito mais a Castanheira, Minha Terra!

Quanto à sua enorme "dificuldade", manifestada para mim em sua casa no passado sábado, em arranjar um eventual e plausível argumento para dar ao Sr. José Ribeiro, se não o confirmasse como Presidente da Prazilândia, "três dias após lhe ter dado a entender isso", pergunto-lhe:

E comigo?!

Sete meses com a "cabeça metida" neste Projecto!?...

Criando novas expectativas de vida e não me envolvendo noutras!?...

Assumindo compromissos, "sentados" no compromisso que assumiu comigo!?..

Finalmente, quero manifestar-lhe o meu reconhecimento por acreditar em mim e no meu Projecto, mas não posso deixar de lhe dizer que nunca consegui, e não consigo, ficar Indiferente à Decepção, se e quando, ela me bate à porta!


Em face do que aqui lhe exponho,espero uma resposta sua até ao ínicio da tarde de amanhã (terça-feira), na expectativa de que, tal como acordámos em Julho e o reafirmámos em Outubro, este Projecto deveria ser desenvolvido por mim no "terreno", sendo que, acima de mim, só poderia estar, concomitantemente o Presidente da Câmara e o Presidente da Prazilândia.


Aceite um abraço ao Presidente da Câmara,

José Manuel Henriques

PROJECTO DE DINAMIZAÇÃO DE CASTANHEIRA DE PERA


PRAZILÂNDIA


PROJECTO DE DINAMIZAÇÃO DE CASTANHEIRA DE PÊRA


José Manuel David Tomaz Henriques



15 de OUTUBRO de 2009




INTRODUÇÃO
ENQUADRAMENTO
O QUE FAZER ENTÃO?
FAZER COMO?
1. Valorização
2. Filosofia
3. Estratégia
3.1. Época Alta
3.2. Época-Baixa
PRAIA DAS ROCAS
1. Primeira Medida
2. Segunda Medida
3. Funcionamento
ACÇÕES A DESENVOLVER EM ARTICULAÇÃO COM A CÂMARA
1. Promover a criação de ciclovias
2. S. João da Mata
3. Relacionamento com Leimen
4. S. António da Neve
5. Centenário da morte do Visconde de Castanheira de Pera
6. Piscinas do Valseá
7. Cova das Malhadas/Casa do Guarda Florestal
8. Centenário da instalação da luz eléctrica
9. Com o envolvimento do Sadesil



INTRODUÇÃO
As politicas liberais e os novos conceitos de criação e distribuição da riqueza, do pós-guerra, fomentando e financiando o investimento e o consumo consubstanciados em novos códigos de contratualização do trabalho, na Dignificação da Acção do Homem, na Humanização das Sociedades Ocidentais, Acautelando a Saúde e a Velhice através de politicas sociais estruturantes permitiram, inovadoramente, “oferecer” a cada Cidadão a possibilidade de ter tempo livre e poder desfrutar dele e da Vida!

Este foi o ponto de viragem e de partida para o desenvolvimento de uma das maiores Industrias do ultimo quartel do século XX – O TURISMO – cujas expectativas de crescimento e criação de riqueza daí resultantes, serão Inestimáveis neste século e onde só poderão AFIRMAR-SE os Produtos Bem Estruturados e de Qualidade e as Regiões com as suas Particularidades e Especificidades que, extrapolando o conceito “SLOW CITIES” criado em 1999 em Orvieto, Itália, ofereçam “HOSPITALIDADE, POLÍTICA AMBIENTAL, HISTÓRIA E TRADIÇÕES LOCAIS (…) E ONDE SEJA ÓPTIMO FAZER FÉRIAS E NÃO SEJA PÉSSIMO VIVER”, como afirmou, numa entrevista recente, a Dra. Ana Albuquerque, representante em Portugal deste movimento.

Ora, é neste contexto que vale a pena e é obrigatório, agora, olhar-se para Castanheira. Depois dos tempos faustos de riqueza e prosperidade geradas pela industria de lanifícios, e, de uma longa agonia com o desmoronamento quase total do sector e consequente destruturação social que poucos perceberam não ser, apenas, conjuntural, conseguiu-se, arrojadamente, contrariar “o fado português”, apetrechando o Concelho com um Conjunto Multidisciplinar de Equipamentos de Futuro em que a Praia das Rocas, notável e paradoxalmente, contrariou a sua Realidade de Interior e a de quase “todos os interiores” deste Pais, e, de quase “todos os interiores de todos os outros Países” de economias litoralizadas e, dessa forma, confirma um dos Princípios da Economia – A RIQUEZA TAMBÉM PODE SER CAPTADA!

Conseguiu-se, portanto, mudar o Paradigma Económico de Castanheira! Mas, estar-se-á diariamente e a cada passo a AFIRMA-LO de forma Estruturada, Catalizadora e Consequente? Não, a meu ver, não!



ENQUADRAMENTO
A Prazilândia, empresa especialmente criada para Dinamizar Turística, Ambiental e Culturalmente o Concelho e os Seus Recursos, Captar Novos Actores e Catalizar os Interesses dos Operadores Instalados, Falhou ao não perceber e ao não saber o que Fazer com o Tamanho da Janela de Oportunidade que se Abriu com o Sucesso da Praia das Rocas!

É ISTO QUE É IMPERATIVO ASSUMIR E MUDAR!

E mais, Castanheira, ao contrário do que possa imaginar-se, está longe de poder Afirmar o princípio enunciado das “SLOW CITIES” e ser, já, um destino “ONDE SEJA ÓPTIMO FAZER FÉRIAS”, e, se ignorarmos os sinais turvos do presente e não formos céleres na implementação de medidas que colmatem os erros cometidos, que protejam o sucesso já alcançado e que projectem politicas que visem um Desenvolvimento Sustentável, poderemos, a curto prazo, estar perante uma Terra “ONDE SEJA PÉSSIMO VIVER”!



O QUE FAZER ENTÃO?
Desde logo, projectar e estruturar politicas de desenvolvimento e crescimento, tendo como Ponto de Partida e Fio Condutor a Visibilidade Adquirida pela Praia das Rocas. A Vastíssima margem de progressão decorrente “dessa” Rara e Preciosa Matéria Prima, resultante dos 120.000 visitantes e das dezenas e dezenas de milhar de PAGANTES que, de há 5 anos a esta parte, nos visitam na época balnear, e que “ESTÃO A SER-NOS TRAZIDOS E SERVIDOS EM BANDEJAS DE PRATA FINA” têm sido, por completa omissão de estratégias estruturantes de médio/longo prazo, tratados, apenas, como “Peças Descartáveis”!...

Assim, importa Definir uma Estratégia cujo Objectivo seja, descomplexadamente, Afirmar Castanheira como um Destino de Turismo e Lazer pensado e estruturado para Todo o Ano.



FAZER COMO?
1. Valorização
a) Partir do Sucesso e Visibilidade alcançados com Praia das Rocas e quantificar o seu valor, actual, no mercado publicitário e determinar o "upgrade" decorrente do projecto de implementação das Acções Enunciadas e a Desenvolver;

b) Vender “Esse” Produto no mercado publicitário através de contratos de cedência de espaços e promoção de acções a empresas interessadas;

c) Fazer estudo sociológico para identificar o público actual da Praia das Rocas e caracterizar o Público Alvo.

2. Filosofia
Acreditando “Nessa Expectativa” de poder afirmar Castanheira nos contextos Turístico e de Lazer, e, sendo a Praia das Rocas, inquestionavelmente, a Alavanca Económica nessa área com mais expectativas de futuro, implementar na Prazilandia – s/ Entidade Gestora – metodologias que a permitam desonerar-se financeiramente e, assim, Com Esses Recursos, promover ao longo do ano Politicas, Acções e Eventos que permitam Incrementar a Economia Local.

3. Estratégia
Promover as politicas necessárias para:
  • “SER BOM E AGRADÁVEL” viver em Castanheira;
  • “SER BOM E AGRADÁVEL” gastar cá uma semana de ferias;
  • “SER BOM E AGRADÁVEL” passar aqui um qualquer fim-de-semana.
Preparar criteriosamente de forma concertada com os Operadores Instalados, varias acções a desenvolver no Verão de forma a ASSEGURAR que muitos que nos visitam nessa época regressem na Época Baixa.

3.1. Época Alta
Desenvolver uma estratégia para a Época Balnear que envolva todas as áreas de Responsabilidade da Autarquia com o objectivo de criar um Produto Final Diferenciado e Apetecível;

Definir e Afirmar uma Agenda de Eventos de médio/longo prazo a saber:
  1. Fim-de-semana de início da época balnear - Rally com Super-Especial na sexta-feira à noite e prova no Sábado. Apresentação à Imprensa do Programa de Eventos para a Época Balnear, durante um Cocktail com distribuição de prémios do Rally num espectáculo na Villa-Praia. Evento a designar para Domingo;
  2. Festival “Rocas + Patrocinador” De Música (Agosto) - Idealmente com 4 dias mas que pode começar por apenas 3. A decorrer entre todo o Espaço do Fórum e a Villa-Praia. Com trânsito fechado entre a Rotunda da Farmácia e as Bombas do Gil e Dois Palcos “Baptizados” por Patrocinadores;
  3. “Noites Brancas” (meados de Agosto) - Duas noites com espectáculos na ILHA e no Coreto (jazz, música celta, bossa-nova, etc.). Uma noite com as ondas a funcionar e a segunda com um Espectáculo Multimédia e de Artifício;
  4. Festival Popular no Poço Corga - A decorrer durante dois dias e em data a definir. Vários tipos de música, jogos e actividades populares e etnográficas, recriando tradições. Estudar a hipótese de, no 2º dia, fazer um grande piquenique;
  5. Festa de Encerramento de Temporada Balnear - Espectáculos nos Palcos da Praia das Rocas, a realizar no último fim-de-semana. Sorteio do Carro exposto ao longo do Verão por acordo de Patrocínio de uma marca de automóveis;
  6. Espectáculos Avulsos - Tomar como Enfoque as Famílias com filhos até aos 12/13 anos e desenvolver, de dia e à noite, eventos adequados (marionetas, etc).
3.2. Época-Baixa
Identificar e criar as condições objectivas para na Época-Baixa, estruturada e paulatinamente, Perseguir o Objectivo de fazer de cada fim-de-semana um Espaço Temporal de Promoção de Acções Culturais, Desportivas, Recreativas e de Lazer, a saber:
  1. Rádio-modelismo/ Hidro-modelismo/ Aero-modelismo
  2. Torneios de Ténis
  3. BTT
  4. Bolsa Cultural
  5. Bolsa de espectáculos
  6. Cinema
  7. Balonismo – Passeios em Balão de ar quente (solicitar testes dos ventos predominantes, a Técnicos Licenciados para o efeito, no sentido de saber se são viáveis na nossa zona)
  8. Aluguer de bicicletas e de carros de criança
  9. Passeios TT
  10. Passeios Pedestres e montanhismo
  11. SERRA
  12. Identificar e testar uma possível pequena pista de TT semi-permanente, nos limites com o concelho de Pedrógão Grande
  13. Etc.



PRAIA DAS ROCAS
1. Primeira Medida
a) Abrir o espaço do empreendimento ao Público para ser diariamente fruído e desfrutado;
b) Fazer uma segunda entrada pelo jardim;
c) Montar bancos espalhados pelos muitos espaços possíveis;
d) Aluguer de gaivotas e barcos e atracagem de um número (a estudar) de embarcações privadas idênticas, mediante pagamento.

2. Segunda Medida
a) Construir, aproximadamente, 15 WC de cada sexo no espaço disponível entre as “Cabanas Brancas” e a estrada, para que, a este nível, se desenvolva uma zona-de-estar exterior ao empreendimento;
b) Acabar WC’s dos Veleiros;
c) Construir WC´s na zona da Villa-Praia;
d) Realizar as obras necessárias para renovar, quando necessário, a água da piscina e da praia sem esvaziar a albufeira;
e) Criar um espaço de sombra Lounge com serviço personalizado, na praia e no seguimento da construção dos WC’s descritos na alínea a);
f) Fazer um bar aquático junto à ilha;
g) Estudar o melhor sítio para montar um “escorrega”;
h) Projectar e orçamentar a ligação dos R/C de 2 bungalows.

3. Funcionamento
a) Pensar, agir e estar disponível “para servir”;
b) Formar para servir com qualidade;
c) Alteração de horários – abrir mais cedo;
d) Terminar com filas para a compra de bilhetes e entrada no recinto;
e) Criação de site de Internet de interacção com o utente;
f) ABERTURA DA PRAIA TODOS OS DIAS.



ACÇÕES A DESENVOLVER EM ARTICULAÇÃO COM A CÂMARA
1. Promover a criação de ciclovias
a) Notabilidade;
b) Notabilidade/Rotunda dos Moredos (uma só via à circulação automóvel);
c) Rotunda dos Moredos / Rotunda da Praia das Rocas, criando assim, uma Nova Centralidade desenvolvida ao Ar Livre.

2. S. João da Mata
Requalificação como parque de merendas.

3. Relacionamento com Leimen
Reactivação do relacionamento com Leimen e preparação da vinda duma comitiva no 4 de Julho de 2010, visando os intercâmbios: cultural, empresarial, turístico, residencial, etc.

4. S. António da Neve
Registar o Histórico do S. António da Neve e procurar criar um protocolo com uma marca de gelados.

5. Centenário da morte do Visconde de Castanheira de Pera
Preparação das comemorações do centenário da morte do Visconde de Castanheira de Pera em 2011. Aproveitar a efeméride para criar e inaugurar o “CORREDOR DOS NOTÁVEIS” na Praça da Notabilidade;

Requalificar o espaço envolvente da “Chaminé da Fábrica dos Esconhais” (fundada pelo Visconde) de forma a Dignificar uma das mais belas e bem conservadas “Peças” da Arqueologia Industrial Castanheirense.

6. Piscinas do Valseá
Projectar e desenvolver, de preferência com um parceiro empresarial, a readaptação para piscinas cobertas com águas aquecidas no enquadramento de um empreendimento nos terrenos envolventes, apoiado na nova filosofia económica-social das “Residências Assistidas” para a Terceira Idade, com as mais modernas valências (SPA, ginásio, sauna, etc), assegurando um protocolo Municipal para uso geral da população dos serviços disponíveis.

7. Cova das Malhadas/Casa do Guarda Florestal
Estudar a viabilização legal, técnica e económica-financeira para fundir os dois Espaços e toda ou grande parte da área circunscrita pela EN 236 até à divisão de Distrito e da Municipal dos Coentrais, transformando este Espaço num Grande Centro Interpretativo e Exploratório da Serra, tirando partido da proximidade com as aldeias vizinhas e com a Vila, promovendo ali varias ofertas anuais e sazonais.

8. Centenário da instalação da luz eléctrica
Preparação das comemorações do centenário da instalação da luz eléctrica em 2012.

Vida, Obra e Morte do Dr. Manuel Diniz Henriques.

9. Com o envolvimento do Sadesil
Identificar os negócios que, no centro ou nas margens desta Estratégia, tenham potencial para por si só ou em parceria, gerarem emprego e/ou empresas e proporcionar-lhes o apoio necessário para se tornarem realidade.