sexta-feira, 29 de julho de 2011

FAX ENVIADO AO SR. PRESIDENTE DA CÂMARA em 17 de Junho de 2011


Exmº Senhor Presidente da Câmara,
Os meus cumprimentos.

Corre em Castanheira, e ao que parece é verdade, que as águas da Praia das Rocas, por um qualquer impedimento legal, não vão poder ser tratadas com produtos químicos nesta época balnear.

O assunto reveste-se duma importância demasiadamente grande para que se acrescentem cargas e divergências políticas ou se apurem responsabilidades, por agora.

A Castanheira e o seu Futuro são muito mais importantes do que tudo isso!

Se, porventura, algo correr muito mal ao nível da qualidade da água, as repercussões podem ser tão dramáticas que se torne muito difícil, senão mesmo impossível, recuperar o prestígio que granjeou, hipotecando, assim, a Afirmação de um sector económico que despontou com o sucesso da Praia das Rocas e que, em razão directa da sua quota-parte, concorreria para a desejada Sustentabilidade Económica e Social de Castanheira.

Por razões que em parte não são as mesmas, sustentei em tempo útil, mas sem sucesso, perante o ex-Presidente Pedro Barjona, uma solução técnica que permitia que as águas das zonas de banhos pudessem ser renovadas ao longo da época balnear sem esvaziar ou baixar o nível das águas da albufeira.

Como o Sr. Presidente sabe, esta foi uma das três condições técnicas que sempre defendi para a Valorização da Praia das Rocas no que respeita ao seu exercício de exploração, à qualidade das águas e a outras eventuais necessidades, referenciada, aliás, tanto nas conversas avulsas que mantivemos durante o seu 1º mandato como no Projecto de Dinamização que desenvolvi e lhe apresentei em Outubro de 2009 como ainda no e-mail que lhe enviei no dia 15 de Março de 2010.

A obra consiste na implantação de UM CANAL DE DESCARGA DE ÁGUAS AO NÍVEL DA COTA INFERIOR DAS ZONAS DE BANHOS, ligando, primeiro, entre si e pelo exterior, a comporta de esvaziamento da “piscina-circular” a uma das duas comportas idênticas da “praia”;
a partir duma caixa de derivação em betão, continuar O CANAL até um pequeno tanque, gradeado na parte superior, a construir na zona das duas – agora três – saídas de transvaze das águas da “praia” para a albufeira, por forma a que as águas transvazadas deixem de ser derramadas na albufeira e passem a sê-lo, através deste tanque, NO CANAL DE DESCARGA descrito;
a partir deste tanque, prolongar O CANAL ao longo da albufeira até ao leito da ribeira imediatamente à frente das comportas da barragem, construindo, aí, tanques de oxigenação em pirâmide, para que as águas derramadas estejam dentro dos parâmetros ambientais legalmente exigidos.

Por todas as razões, O CANAL deve ser em tubo-plástico apropriado e fixado ao leito da albufeira de acordo com as exigências técnicas e regulamentares para o efeito.

Posto isto, importa considerar o seguinte:
  1. A quantidade de água represada nas zonas de banhos;
  1. Apurar a quantidade de água que entra pela cota superior na zona de banhos, não só através dos canais filtrados que atravessam a zona pedonal-circular da “piscina” junto ao açude, mas também de outras eventuais entradas – a montante – contabilizáveis e/ou a construir;
  1. Depois do público sair – para que não haja problemas de sucção – abrir as referidas comportas da “piscina-circular” e da “praia”, com um “fluxo-repartido” que, somado, seja igual aquele que resulte do ponto anterior.

Finalmente, construir uma equação que melhor sirva as necessidades, considerando o seguinte:
  1. O tempo disponível entre o horário de encerramento de um dia e o horário de abertura do dia seguinte;
  1. Quantos litros de água é possível introduzir e renovar por hora com este sistema;
  1. Quantas horas é possível utilizar O CANAL DE DESCARGA de forma a que “sobrem” horas para outras manutenções nas zonas de banhos e para que os produtos químicos a aplicar produzam os efeitos necessários.


Sr. Presidente,
É imperioso acautelar o Futuro de Castanheira !

É preferível fechar, agora, por uns dias, a Praia para instalar O CANAL NO LEITO DA ALBUFEIRA, do que correr-se o risco de, PELAS PIORES RAZÕES, encerrar no Verão !

Até porque os “tanques de oxigenação” podem ser construídos já com a Praia a funcionar.

E ESTA É UMA SOLUÇÃO POLIVALENTE.

José Manuel David Tomaz Henriques



P.S.: Com conhecimento à Assembleia Municipal


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