quinta-feira, 14 de outubro de 2010

INTERVENÇÃO NA ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE 29/09/2010

Exma. Sra. Presidente da Assembleia Municipal
Exmo. Sr. Presidente da Câmara
Exmos. Srs. Vereadores
Exmos. Srs. Deputados Municipais


Na última Assembleia Municipal o Sr. Presidente da Câmara pediu desculpa aos amigos que o avisaram para não se meter comigo e disse que tinha sido uma das últimas pessoas em Castanheira a acreditar em mim e que julgava que o assunto da Prazilândia já tinha acabado.


Permita-me Sra. Presidente da Assembleia que leia aqui um excerto dum poema de Mário de Andrade,

Contei meus anos e descobri que terei menos tempo para viver daqui para a frente do que já vivi até agora.
(...)
Já não tenho tempo para lidar com mediocridades.
(...)
As pessoas não debatem conteúdos, apenas rótulos’.
Meu tempo tornou-se escasso para debater rótulos, quero a essência, (...)
(...)
(...) quero viver ao lado de gente humana, (...) que sabe rir de seus tropeços, não se encanta com triunfos, (...) não foge da sua mortalidade.
Caminhar perto de coisas e pessoas de verdade.
O essencial faz a vida valer a pena.
E para mim, basta o essencial !”

E o essencial neste processo da Prazilândia, Sr. Presidente, eram e são os Superiores Interesses da Castanheira e não a promoção de "interesses federados, umbilicais e de passo curto", tal como lhe disse no e.mail que lhe enviei no dia 15 de Março deste ano.

O essencial, por isso, Sr. Presidente, é que AINDA HÁ QUEM DIGA NÃO, quem tenha ética, e quem disse não, fui eu, não o Senhor, os seus amigos ou correligionários !

E a ética, tal como disse Gilles Deleuze,

A ÉTICA É ESTAR À ALTURA DO QUE NOS ACONTECE”.


E depois Sr. Presidente, o essencial é que, apesar de nalguns casos eu ter errado e, não obstante, ter voltado a errar;

apesar “disto e daquilo”, o essencial é que, nunca me locupletei com património, bens ou dinheiros públicos ou privados;

não vivo nem nunca vivi de “expedientes” nem à sombra de Instituições que vivem de “malabarismos” ou subsídios do Estado;

sempre tive o Registo Criminal “limpo”;

nunca estive envolvido, directa ou indirectamente, em falências de empresas, nem em formas ilícitas de ganhar dinheiro;

e, finalmente, e mais importante que tudo isto, prezo-me de saber a quem devo e o quê, e, independentemente das consequências, sempre ter assumido as roturas que a vida me exigiu, não vivendo, por isso, “ESTADOS DE HIPÓCRISIA” nem “VIDAS DE FACHADA”!


Portanto Sr. Presidente, ou o Senhor julga que eu tenho vindo aqui para ter protagonismo ou julga que eu penso que o Interesse Castanheirense se esgotou com a nomeação desta Administração da Prazilândia.

Nem uma coisa nem outra !

Repare-se, o Sr. Presidente diz no seu discurso do 4 de Julho, o seguinte, e passo a citar: “A Castanheira de hoje não pode comparar-se à Castanheira de ontem, temo-lo afirmado, muita coisa mudou”. fim de citação.

Sr. Presidente, a única coisa que mudou na Castanheira do seu tempo, foi aquilo que, por acção e mérito da Castanheira que o Senhor herdou do ex-Presidente Pedro Barjona, resultou nos Investimentos Privados em Hotelaria pelas mãos dos Srs. Joaquim da Conceição, Horácio Costa, Pedro Gama, Miguel Barjona e família Graça Oliva !

E, no entanto, aquilo que lhe competia, que era ter criado uma Estratégia de Desenvolvimento para fazer Validar estes Investimentos e o Futuro da Castanheira, o Senhor não fez !

Alguém acredita que a Castanheira possa sobreviver com 2 ou 3 meses de Verão ?!...

Quanto ao protagonismo, não, não ando à procura de qualquer protagonismo.
O que me preocupa mesmo, e muito, é perceber que os Senhores não têm estado à altura do protagonismo exigido às funções que exercem !


Sra. Presidente da Assembleia,

A propósito do Centenário da República, que daqui a dias se comemora, importa trazer a esta Assembleia algumas palavras de Amadeu Carvalho Homem, Professor Catedrático da Faculdade de Letras de Coimbra e que, pelo reconhecimento do conjunto de estudos inéditos e obras publicadas sobre a história e a evolução da República em Portugal, foi condecorado pelo ex-Presidente da República, Jorge Sampaio, com a Comenda do Infante D. Henrique.

A República é o serviço da causa pública, Res Pública, servindo a casa comum dos Portugueses da melhor maneira possível. Servindo-a com base em valores verdadeiramente republicanos; o desejo de se cumprir um sufrágio universal o mais escrupulosamente possível, o desejo de ver o país bem gerido e bem administrado, o desejo de uma transparência muito grande em todos os cargos administrativos, o desejo de ver o país a funcionar mais como vivência de formação cívica e como escola de civismo.
(...)
Temos de encorajar muito a sociedade civil, (...) os bons cidadãos a manisfestarem-se. O que importa é que tenhamos a certeza de que estamos a ser bem administrados, que temos gente muito honesta nos diversos escalões da administração e da governação pública, que não há “golpes de baú” que as pessoas gerem de forma muito eficaz e transparente os meios que têm à sua disposição.
(...)
Estou convencido de que continua a haver gente escrupulosa em muitas autarquias, (...) em alguns ministérios, e que existem verdadeiros servidores da causa pública. Por outro lado, (...) em muitos outros aspectos esta República está doente (...) e precisamos de a refundar. Esta refundação tem que ser feita com base na ética, nos princípios, nos valores e, sobretudo, com base em gente que tenha as mãos limpas. Há muita gente dessa no Portugal de agora, temos de lhes dar voz (...) e energia, para que se possa construir um Portugal (...) melhor.
(...)
A República é pôr ao serviço da casa comum dos Portugueses o talento, a criatividade e a boa intenção dos Portugueses”.


Sra. Presidente da Assembleia, vou terminar para depois me poder sentar !

Estas palavras, simultaneamente preocupadas e inspiradoras, devem servir de conforto e de estímulo àqueles que anseiam por um Portugal Novo – VERDADEIRAMENTE HUMANISTA E SOCIALMENTE JUSTO – e a nós Castanheirenses, aqui e agora, por uma Castanheira com Futuro !

Portugal (e Castanheira também é Portugal) está impregnado duma estirpe que em “bicos de pés”, agitam nos bolsos “guizos de imortalidade”, sempre pronta a demonstrar uma pretensa dívida histórica;

Uma estirpe que, com laivos de PROVIDENCIALISMO, se especializou em esvaziar, discretamente, a Ideia de Democracia, confinando-a “ao acto eleitoral”, “apropriando-se” dos seus resultados para, na “Capital do Império”, reivindicar e reservar lugares à mesa do “MONSTRO GLUTÃO” em que se transformou ESTE FALHADO PORTUGAL DE ABRIL !


Inspiremo-nos, pois, nas palavras de mudança do Professor Carvalho Homem e encetemo-la então!

Comecemos pelo nosso jardim,

A CASTANHEIRA –

Convoquem-se todos os Castanheirenses, vivam cá ou não;

Convoquemo-nos a nós próprios;

Faça-se em devido tempo uma abordagem cívica aos partidos políticos, reivindicando-lhes a obrigação de se abrirem à sociedade e o direito de, individualmente ou em grupo, poderem apresentar-se Projectos Políticos estruturados, responsáveis e com rosto, para que desse confronto interno, MAS ABERTO, se possam votar e escolher OS MELHORES de cada área política.

Assim, estaremos, concerteza, a fazer algo de relevante por Castanheira.

Porque tal como disse Henry Ford,

A ÚNICA HISTÓRIA QUE VALE ALGUMA COISA É A HISTÓRIA QUE FAZEMOS NO PRESENTE” !


José Manuel David Tomaz Henriques
29 de Setembro de 2010

domingo, 4 de julho de 2010

INTERVENÇÃO FEITA NA ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE 30/06/2010

Exma. Sra. Presidente da Assembleia Municipal
Exmo. Sr. Presidente da Câmara
Exmos. Srs. Vereadores
Exmos. Srs. Deputados Municipais

Outra vez?!..., calarão fundo algumas vozes aqui presentes…
Sim, Sra. Presidente, outra vez!
Depois do espectáculo deplorável – não encontrei outro adjectivo mais suave para o descrever – que o Executivo aqui mostrou na última Assembleia Extraordinária, furtando-se a respostas cruciais, desconhecendo dossiers e matérias, remendando, vergonhosamente, argumentos já de si falaciosos e, até, contando “estórias da carochinha”, sim, Sra. Presidente, outra vez!...

Hoje e desta feita, por duas razões: uma, para em definitivo, “derramar águas” sobre esse pestilento enredo que foi a nomeação da Administração da Prazilândia; a outra, para Invocar aqui um dos pilares da Democracia – a Cidadania – trazendo a estas Assembleias e à Vida Pública Castanheirense, massa crítica, militância da Cidadania e o espírito Liberalista do Sinédrio de Fernandes Thomás, Ferreira Borges, Silva Carvalho e Viana Ferreira – “Observar os acontecimentos (…) tomando devagar o pulso às tendências e às aspirações do espírito público” -.

Depois do falecido ex- Presidente Graça Oliva ter apontado o Turismo como o novo caminho para Castanheira – e as palavras não são minhas – o anterior Presidente Pedro Barjona deixou em Castanheira uma Obra Estrutural e Física que só faltava “compreender” para, basicamente, implementar uma Estratégia que Afirmasse o Presente e Assegurasse o Futuro.

E o que é que se viu depois disso?!...

Um Executivo trapalhão, sem ideias e sem noção do lugar charneira para o qual foi eleito;
uma Terra sem rumo, empobrecida dia-a-dia pela debanda de emprego e investimento. E pior, muito pior, marcada por uma insensatez, muitas vezes maldosa, incapaz de Valorizar e Fixar os Castanheirenses intelectualmente capazes e disponíveis e preterindo, vergonhosamente, o Trabalho, o Esforço e o Profissionalismo de muitos Empresários Locais!!!

Não, para mim não!...

Em Psicologia, essa “coisa” com que nos deitamos e acordamos todos os diasA Consciênciaé a (…) faculdade de apreciação, concedida a todo o ser humano, do bem e do mal (…) em todos os casos (…) fundamento da moral prática e o guia da vida quotidiana”, tratada em todas as Escolas Filosóficas, e, nas palavras dos Filósofos Espiritualistas, Platão e Aristóteles, “só ela é realidade (…) livre e responsável (…) cujo carácter essencial é o Bem”.

E agora pergunto:
-Os Senhores dormem?!...


Nada me move contra ninguém e sinto-me à vontade para dizer o que aqui venho dizer porque, desta ou de outra forma, já o expressei nas conversas que mantive nos últimos três anos com o Sr. Presidente da Câmara e também, de alguma maneira, com a Sra. Vice-Presidente, sobretudo numa reunião no seu gabinete e com a presença do Sr. Presidente.

É preciso falar claro, a Alma Castanheirense está ferida e deprimida e vive um dos momentos mais desacreditados da sua História recente.

Gente de Valor, “amarrada” pela prestação da casa e a educação dos filhos, sente-se marginalizada ou nas prateleiras poeirentas do esquecimento e, lentamente, esvaziada de auto-estima;
Investidores de cá e de fora, cansados de tantas indecisões, desistiram das suas ideias de investimento em Castanheira;
Depois…a chacota generalizada que ecoa, dentro e fora de portas, por causa dos imbróglios arranjados em todas as áreas, e até pela incapacidade de candidatar obras ao QREN;
E por último, e mais grave, a falta de conhecimentos e Incompetência Estratégica com que se está a conduzir o Concelho na área do Turismo.

Na acta nº 24/2009 da Reunião de Câmara de 30 de Dezembro, o Sr. Vereador Arnaldo Santos diz, com a concordância do Executivo, o seguinte, e passo a citar: “Ao nível da publicidade e promoção do Concelho (…) duvida que alguém pudesse ter feito melhor: foi distribuída uma quantidade significativa de folhetos informativos, vieram cá repórteres da televisão, por mais de uma vez, quer na Praia das Rocas, quer fora dela, enfim, houve uma promoção bastante generalizada do Concelho”.fim de citação.

Não!, se não fosse tão sério, isto seria hilariante!!!

A Castanheira não pode, sob pena de tudo se perder, continuar a “publicitar-se” ancorada no sucesso da Praia das Rocas e não ter, como não tem, uma Estratégia Objectiva e muito bem estruturada, primeiro, para a Época Balnear e que se Afirme depois, transversal e anualmente, como um Destino Provável e Apetecido!


É que, desta forma, quantos mais cá vierem agora, menos cá virão no Futuro!!!

Durante quatro anos não se fez nada e este ano não se vê nada, não se sabe nada, e isto, tem de ser Responsabilizado!!!

Uma Estratégia de Desenvolvimento Local, no nosso caso particular, com uma componente objectiva nas áreas do Turismo e Lazer, para ter sucesso, tem de ser capaz de “criar produtos” que:

  1. Aproveitem as vantagens globais comparativas;

  2. Afirmem os seus Valores Identitários e Diferenciadores de Cultura e Património;

  3. Promovam hábitos e comportamentos que influenciem a Formação e a Personalidade dos seus habitantes;

  4. Transformem os seus recursos e valores endógenos em melhor qualidade de vida e em vantagens competitivas da oferta, capazes de Captar Riqueza e Públicos Diferenciados.
Apetece-me, então, perguntar:
- Vamos continuar a promover a venda de colchões e frigideiras, ao abrigo de interesses estranhos?!

E o que é que vamos fazer da Cova das Malhadas e da Casa do Guarda?;
das Piscinas do Valseá?;
da Fábrica da Várzea e do Museu da Indústria?;
do Santo António da Neve com o projecto de Eólicas para ali previsto depois de se ter perdido o do Alto do Fontão?;
do Jardim e da Obra da Fundação Bissaya Barreto?;
do São João da Mata?...


E como é que alertados inúmeras vezes para a necessidade de dar cumprimento ao acordo estabelecido entre o ex-Presidente Pedro Barjona e o Sr. Gonçalo Tovar Faro, deixaram vender a particulares a Chaminé da Fábrica dos Esconhais, peça da Arqueologia Industrial Castanheirense, que pela sua singularidade e conservação, deveria tornar-se numa referência do nosso Roteiro Histórico-Cultural?!...
É que não há Turismo sem Património, sem História, sem Paisagem!

Depois da Afirmação do Poder Autárquico, com o 25 de Abril, estamos, a prazo, confrontados com novas arquitecturas Administrativas exigidas pela União Europeia, onde importava chegar à “mesa das negociações”, individualmente e enquanto Concelho, com um Poder Afirmado, uma Estratégia Clara e Rácios Convincentes para não sermos “despromovidos”!

Repetindo um conceito “batido”, dir-se-ia:
Pensar Globalmente e Agir Localmente”!

Tudo, afinal, o que este Executivo nunca fez em 5 anos!!

O maior Elogio de um Povo Adulto, Culto, Aberto, Fraterno, Liberal, Democrático, Actual, Universalista é, como os Castanheirenses já demonstraram, com a Maior Deferência com que se pode presentear a Quem Acolhe, Elegê-los para os Mais Altos Cargos do “seu” poder autárquico, e a Maior Decepção é, para além da Incompetência, perceber-se, com argumentos, que não souberam e não sabem Honrar tais Distinções!!!

E OS SENHORES NÃO SABEM!!!
OS SENHORES . . . NÃO SABEM ! ! !

quinta-feira, 3 de junho de 2010

Intervenção feita na Assembleia Municipal Extraordinária de 27 de Maio de 2010

Exª Sra. Presidente da Assembleia Municipal
Exº Sr. Presidente da Câmara
Exº Srs. Vereadores
Exº Srs. Deputados Municipais

À falta de argumentos e de razão, tem-se tentado fazer passar a ideia de que eu teria sido incorrecto pelo facto de ter tornado públicas as negociações que durante 7 meses mantive com o Sr. Presidente da Câmara, sobre a Administração da Prazilândia.

Em primeiro lugar, importa lembrar que, muito embora as negociações tenham sido em privado, demasiado “em privado”, aliás, o seu Objecto nunca foi e não é privado!

E tornei-as públicas porque da “Coisa Pública” se tratava e a “Coisa Pública” é isso mesmo, pública, e não fui eu quem “a destratou”!...

Em segundo lugar, quero deixar bem claro que não estou disponível para receber lições de educação porque, em devido tempo tive Quem me a desse, e não fosse ter muito respeito por todo o tipo de Direitos de Autor, diria até que tive “berço”, mas não irei por ai, porque sobre violadores desse tipo de Direitos e de Propriedade Intelectual, já conheci gente a mais!

Exª Sra. Presidente,
Venho mais uma vez a esta Assembleia, respeitosamente e de Modo Próprio, usar de prerrogativas que o Estado de Direito me confere enquanto Cidadão e Munícipe – O Direito ao Respeito e à Indignação!

Na Assembleia Municipal do passado dia 26 de Abril, o Sr. Presidente da Câmara afirmou que a nomeação da Administração da Prazilândia dependia, e tinha dependido, exclusivamente, da vontade do Executivo.

É verdade.

É pena é que essa verdade resulte, apenas, dos poderes que a Lei lhe confere e não do Rigor, da Coerência e da Respeitabilidade que o “processo” exigia e devia granjear!...

No documento “O Porquê das Coisas” que enviei à Sra Presidente da Assembleia, pode ler-se na 2ª hipótese da “Escolha dos Nomes” que o Sr. Presidente me propunha para Presidente da Prazilândia mas que eu recusei porque, ao contrario do que tínhamos acordado, o Sr. Presidente propunha que os outros dois Administradores também fossem remunerados.

O Sr. Presidente pode fazer o favor de explicar a esta Assembleia, se foi por acaso do destino que os dois nomes que então me propôs para Administradores remunerados tenham sido, exactamente, os mesmos que agora foram nomeados para esta Administração?


Na 1ª hipótese do mesmo documento e por uma questão de envolvimento político e convergência na acção, eu propus o Sr. Pedro Graça, Vereador do PSD, para Administrador Não Remunerado e o Sr. Presidente da Câmara aceitou.
Contudo, e ao que sei, nunca o contactou com esse objectivo e ao fim de um mês disse-me que a Sra. Vice-Presidente e o Sr. Vereador Arnaldo Santos tinham “vetado” o nome do Sr. Pedro Graça por ser do PSD.
No entanto, nomearam para Presidente da Prazilândia – em condições e com um ordenado chorudo – o Sr. José Ribeiro, que por coincidência, ou não, também é do PSD!

Não se conhecendo qualquer “tom” de cinzento na vida e no passado do Sr. Pedro Graça, o Sr. Presidente pode fazer o favor de explicar a esta Assembleia se foi o “brilho” escovado e emprestado do laranja PSD do Sr. José Ribeiro que fez a diferença e impediu, neste caso, o veto do Sr. Vereador Arnaldo Santos?

É que no caso da Sra. Vice- Presidente, sabemos porquê, atendendo ao que diz na Acta n.º 6/2010 da reunião de Câmara, e passo a citar – “ a Prazilândia tinha cerca de 13 pessoas a trabalhar lá sem se quer se ter em conta a sua qualificação (não tendo ninguém especializado na área do turismo, portanto) (...) Desta forma, nomeando alguém com grande conhecimento na área do turismo, com muitos contactos e “know-how”, seria uma forma fundamental de colmatar tal lacuna e orientar a Empresa no bom caminho”, fim de citação.

Pergunta-se então...


  • O “know-how” e os muitos contactos que diz que o Sr. José Ribeiro tem, resultam de quê?


  • O “know-how” resulta, por acaso, das relações que mantém com empresas de venda de colchões e frigideiras?;


  • E os muitos contactos, resultam, porventura, da provável colecção de cartões de visita que recebe de cada excursionista incauto?...

Não, não estou a brincar!

É PRECISO RESPEITO!

É PRECISO MUITO RESPEITO POR ESTA TERRA!!!

Na mesma Acta o Sr. Presidente diz, e passo a citar “ se um elemento da Câmara fosse(...) ocupar um lugar no Conselho de Administração da Prazilândia, uma de duas coisas aconteceria: ou se teria que alhear dos seus compromissos Camarários, ou teria que efectuar uma administração meramente formal da Empresa (...) nomeando três pessoas externas à Câmara, será até positivo, na medida em que garantirá independência, isenção e maior liberdade de movimentos à Prazilândia “, fim de citação.

Pergunto Sr. Presidente, se pensava isto, para que é que andou um mês e tal a falar na hipótese do Sr. José dos Anjos e nos reunimos os três num jantar para tratar do assunto?!

É PRECISO RESPEITO, SR. PRESIDENTE!

É PRECISO MUITO RESPEITO PELOS CASTANHEIRENSES QUE QUEREM TRABALHAR PELA CASTANHEIRA!

A Castanheira precisa, como nunca, para Validar os Investimentos Públicos que se fizeram e Assegurar o seu Futuro, duma Estratégia Clara e Objectiva, de Presente e de Médio/Longo prazo, para que não aconteça o que aconteceu no 1º Mandato deste Executivo que, só pelo facto de não se abrir a Praia das Rocas às segundas- feiras na Época Balnear e não se terem acabado as casas de banho dos Veleiros, deixaram de arrecadar verbas na ordem dos 450.000€ (90.000 contos)!!!

Como o Sr. Presidente bem sabe apresentei um Projecto de Dinamização, cujos trabalhos de desenvolvimento lhe apresentei e aqui tenho, incluindo um CD com dezenas e dezenas de fotografias das marginais ribeirinhas e marítimas da Granja, Miramar, Madalena, Afurada, Cais de Gaia , Foz do Porto, Matosinhos, Leça e Esposende, para se recolherem ideias para a Zona Marginal Ribeirinha entre as Rotundas dos Moredos e da Praia das Rocas, para que Este Executivo, por uma vez, conseguisse candidatar ao QREN, uma Obra “a Sério”!

Como o Sr. Presidente sabe, o Projecto de Dinamização que idealizei foi-lhe enviado às 03h e 07m da madrugada de sábado para domingo das Eleições Autárquicas, dia 11, portanto, exactamente porque fiz questão que o Senhor o tivesse antes das Eleições.

E agora pergunto-lhe, pode mostrar a esta Assembleia, de forma comprovada se esta Administração da Prazilândia apresentou algum Projecto, antes de ser nomeada?

Sra. Presidente da Assembleia vou terminar, não sem antes apresentar a minha Indignação pela forma como este Executivo, sobretudo nas palavras recorrentes da Sra. Vice-Presidente e do Sr. Arnaldo Santos, tratam as Obras que não fizeram, mas que herdaram.

Um exemplo: na Acta n.º 24/2009, o Sr. Vereador Arnaldo Santos e passo a citar “informou que se não fosse o encargo das Piscinas do Valseá, a empresa (Prazilândia) quase não necessitava de contar com o apoio da Câmara Municipal”, fim de citação

PAREM!!!

PAREM DE CULPAR OS OUTROS POR AQUILO QUE NÃO SÃO CAPAZES DE FAZER!!!

As piscinas do Valseá, Obra feita pelo falecido Ex-Presidente Viriato Graça Oliva, pedra de arranque de um Projecto de Turismo que englobava entre outros objectivos, a Barragem das Sarnadas e o desenvolvimento daquela zona da serra, Projecto aliás, de que o Ex-Presidente Pedro Barjona, ao contrário do que se julga só desistiu quando de
Lisboa” lhe disseram que por causa do Projecto das Águas do Cabril, era impossível financiar a Barragem, utilizou, inteligentemente, o valor das Piscinas do Valseá, porque estavam a funcionar, para financiar o Projecto da Praia das Rocas!

E tanto que tinham valor que houve uma Entidade de Crédito que fez o Leasing!

TENHAM RESPEITO!!!

Antes tínhamos só as Piscinas, hoje temos as duas coisas e estamos aqui porque a Castanheira voltou a estar no Mapa!!!

TENHAM RESPEITO!!!

TENHAM RESPEITO PELA MEMÓRIA DE UM E PELA OBRA DOS DOIS!!!

Finalizo com a estória do carro que entra na auto-estrada em sentido contrário e a dada altura ouve-se na rádio: - Atenção, porque na A1, entre a porta 5 e a porta 6 vai um carro com 3 pessoas em contramão e ouve-se o condutor: - vem um em contramão?... eles vêm todos!...

Com o devido respeito pelas pessoas que aqui estão e que não se enquadram na formulação que a seguir vou fazer, pergunto:

ESTA ASSEMBLEIA EXTRAORDINÁRIA E TODA ESTA GENTE VEM EM CONTRAMÃO?!!!...


Nota de rodapé:
O Sr. Presidente disse nesta Assembleia Extraordinária que a Praia das Rocas iria ter publicidade.

Não se esqueça que, entre muitas soluções que apresentei para apôr publicidade na praia - bolas de hélio, palcos patrocinados, etc, etc -, AS VELAS DOS VELEIROS IÇADAS, com marcas de patrocinadores, l'idée est à moi; the idea is mine!...

É só para lembrar...

terça-feira, 4 de maio de 2010

" E OS CASTANHEIRENSES É QUE SÃO BURROS?!..."

Depois de no passado dia 17 de Março ter tornado público que o Presidente da Câmara tinha faltado ao acordo feito comigo em Julho de 2009 e reiterado em Outubro, sobre a Administração da Prazilândia, foi preciso ter ido à Assembleia Municipal de 26 de Abril e, de corpo inteiro, com a firmeza e a coerência com que a Verdade Constrói a Razão, frente a frente com o Presidente da Câmara e toda a Vereação, repor a verdade que tinha sido torpediada na Reunião de Câmara de 31 de Março de 2010, para começar a receber telefonemas anónimos e ter chegado a este blog um curiosíssimo comentário, que a seguir se transcreve na íntegra:

"1 COMENTÁRIOS:

Pedro disse...

Caro Sr. José Manuel
Incrédulo com o que acabo de ler, so me ocorre uma coisa: V.Exª ou é louco ou é parvo. Tem o carissimo a noção do que é um projecto? Não tem. Um projecto não é um conjunto de ideias que já se viram noutro lado, tem que ter custos, estudos de mercado económico baseados nas leis de Nash e afins. Ora este oásis previsto por si, não tem nada disso, nem perto.
É apenas um conjunto de ideias, mais ou menos bem redigidas, admito-o mas aquém daquilo que apregoa. É pena que ainda haja pessoas que lhe dão crédito. Pensava os castanheirenses mais argutos. Vou dar-lhe um conselho de bónus porque os costumo vender. Reduza-se à sua insignificância parada no tempo de famílias nobres que já lá vai. Assente os pés no chão, faça-se à vida dura que a idade já pesa. Ou então parasite como sempre fez e deixe as coisas sérias para quem o é. Estejam eles no poder ou fora dele, a mim pouco me importa.
Um abraço"


A este "Pedro", TRAVESTI de carreira feita na "Secção Local" do Clube do Dr. Laurence Peter, que desgovernada e perigosamente conduz a Castanheira à "sub-divisão" de onde se elevou com Nobreza em 4 de Julho de 1914, quero dizer que quem se esconde no ANONIMATO, até para "discutir" a sua (?) Terra, ou tem muita vergonha de si mesmo ou tem muito a esconder da sociedade, comportamentos, aliás, muito próprios de pedófilos, traficantes de droga, corruptos, vigaristas e afins!!!

E não direi mais nada!

Aos Castanheirenses, sim!

A Quem Sente e Ama a Castanheira, sim!

A todos os que se interessam com o que está a acontecer à Castanheira e Perceberam as Razões da minha Denúncia e o impacto pessoal da Recusa que assumi, quero transcrever da verborreia deste TRAVESTI "vendedor de conselhos", o seguinte: "(...) É pena que ainda haja pessoas que lhe dão crédito. Pensava os castanheirenses mais argutos. (...) deixe as coisas sérias para quem o é. Estejam eles no poder ou fora dele, (...)".

Ou seja, para este TRAVESTI, "moralista e arauto da verdade", os "c"astanheirenses são pequenos, tão pequenos como o "c" com que se reporta a ELES;
não são argutos nem sérios;
são estúpidos e desonestos;
não têm Estatura para a Verdade nem Estatuto para a Defender!!!...

Sr.
"Pedro", TRAVESTI da "Secção Local" do Clube do Dr. Laurence Peter, meta a "língua no saco", "a motoreta a trabalhar" e "desande"! ou então, seja homenzinho e "apareça", "discutirei" consigo este caso e o Projecto que apresentei, se é que tem alguma coisa na cabeça!...

Podem ficar descansados, onde quer que estejam, "AQUELES" que trouxeram a Castanheira até "ESTES" que agora se "levantam" por Ela, e, antes ainda, "OS OUTROS" "que percorreram o caminho das pedras" e a entregaram "AQUELES"!... Os Verdadeiros Castanheirenses, de Cá e de Fora, sempre souberam defender os Superiores Interesses da Castanheira, muito, muito antes de alguns outros cá terem chegado por estrada, e saberão, Todos e Cada Um, orgulhosamente, "de barrete na cabeça", perpetuar o Vosso Legado!!!

terça-feira, 27 de abril de 2010

Intervenção feita na Assembleia Municipal de Castanheira de Pêra em 26 de Abril de 2010



Ex.ma Sr.a Presidente da Assembleia Municipal

Ex.mo Sr. Presidente da Câmara

Ex.mos Sr.s Vereadores

Ex.mos Sr.s Deputados Municipais



De acordo com o que li na Acta nº 6 de 2010 da reunião de Câmara, a Sr.ª vereadora Olindina Tomás perguntou ao sr. Presidente da Câmara, se eu “tinha sido uma alternativa ou apenas uma mera especulação” para a Administração da Prazilândia, ao que o sr. Presidente respondeu e passo a citar:


(…) efectivamente a pessoa indicada foi uma possibilidade considerada, entre outras, mas que não se concretizou pois esse senhor colocou, desde logo, uma série de exigências que não podiam nem deviam ser aceites.” fim de citação.


Sr.ª Presidente da Assembleia,


Esse senhor”, aliás, eu, aliás, o cidadão José Manuel David Tomaz Henriques vem a esta Assembleia, respeitosamente, com a única intenção de repor a Verdade.


Desde logo” diz o Sr. Presidente. Mas desde quando é que seis meses de reuniões e de trabalho, é “desde logo”?!


Diz o Sr. Presidente que eu fiz “ uma série de exigências”.


Que exigências?...


Como o sr. Presidente bem sabe, na sequência das conversas mantidas entre nós sobre a Prazilândia e o Desenvolvimento Turístico de Castanheira, fui desafiado pelo sr. para integrar o Conselho de Administração da Prazilândia, tendo nessa sequência e com o seu conhecimento, elaborado um Projecto que tinha como finalidade desenvolver uma Estratégia Turística para Castanheira e tornar a Prazilândia lucrativa, nomeadamente, com o aumento de receitas e a contenção de custos, a começar pela própria Administração.


A única “exigência” que fiz, foi que o sr. Presidente fosse o Presidente do Conselho de Administração, exactamente com a finalidade da contenção de custos, o que o sr. Presidente aceitou.


Posteriormente, em reunião com o sr. Presidente e com o sr. José dos Anjos, chegou-se a uma plataforma de entendimento em que o Senhor reafirmou a sua disponibilidade para ser o Presidente da Prazilândia e o sr. José dos Anjos como elemento NÃO REMUNERADO da Administração.


Nessa reunião, o sr. Presidente propôs-me a redução do vencimento, pago à data ao Administrador sr. António Carreira, que era de 1850 €, para 1350 €.


Como o sr. Presidente bem sabe, aceitei essa redução e apresentei uma contra-proposta, que o Senhor também aceitou, em que o vencimento seria reavaliado de acordo com a concretização, por objectivos, do Projecto que idealizei.


Ora, em conformidade com a Acta nº 6 de 2010 da Reunião de Câmara e tendo em conta os valores das remunerações da Administração da Prazilândia ali apresentados, de 1600 € para o Presidente, a meio-tempo, e 1500 € para o terceiro elemento, QUE CONFORME O ACORDO QUE TINHAMOS, NUNCA SERIA REMUNERADO, a Prazilândia, entre a solução descrita na Acta e a Proposta que apresentei, poupava 3250 €/mês acrescidos dos encargos legais, ou seja, no total, 56 000 €/ano (11 200 contos/ano)!!!


Para que se saiba, estas foram as “MINHAS EXIGÊNCIAS” e foi em defesa delas e do “INTERESSE CASTANHEIRENSE” que, por Coerência com o pré-estabelecido e com os Valores por que me rejo, NÃO ACEITEI, REPITO, NÃO ACEITEI A PROPOSTA que o sr Presidente me fez numa reunião em sua casa, no dia 10 de Março, em que, surpreendentemente, o Conselho de Administração da Prazilândia passaria a ser composto por três elementos remunerados: Sr. José Ribeiro como Presidente e a Dr.a Clara Kalidás e eu próprio como Administradores Executivos!


Em que realidade vive o Executivo Castanheirense quando faz “ouvidos moucos” aos alertas que a Dr.a Castanheira Neves terá feito sobre a difícil situação financeira e excesso de pessoal da Prazilândia; quando treslê ou faz “tábua rasa” das rigorosas medidas que Portugal vai ter de implementar, por exigência da União Europeia, para dar cumprimento ao PEC, ao nível da redução da Despesa Pública, do rigor Financeiro do Estado e das Empresas suas participadas e da Contenção Salarial da Função Pública, e nomeia três elementos remunerados para a Administração da Prazilândia?!!!


E mais, no Projecto que apresentei e que durante meses chamei a atenção do sr. Presidente para a urgência de nomear a Administração da Prazilândia, para que se pudessem implementar os Objectivos Pré-Estabelecidos para a Época Balnear de 2010, sem que, contudo, isso parecesse incomodá-lo, quero destacar desses objectivos a abertura, certificada, da Praia das Rocas todos os dias; a construção de casas de banho e de uma zona de sombra no recinto da Praia; o Estudo de Valor da Praia das Rocas no mercado publicitário para negociação de contratos de publicidade; a finalização das obras das casas de banho dos Veleiros; a informatização das bilheteiras da Praia das Rocas e o sorteio de um carro no último fim-de-semana da Época, implementado ao longo do Verão através da numeração e venda dos bilhetes da Praia.


Sem contar com o valor da publicidade e mesmo tendo de pagar o carro, só estas Acções resultariam numa receita total a rondar os 130 000 € (26 000 contos)!!!


Quem é que assume estes prejuízos, directos e indirectos, perante os Interesses, a Economia e os Empresários Castanheirenses?!


É o Sr. Presidente da Câmara?...


E perante mim, sete meses envolvido neste Projecto, criando novas expectativas de vida e não me envolvendo noutras?!


É o Sr. Presidente da Câmara?...


Remata o sr. Presidente na resposta que deu à sr.a Vereadora Olindina Tomás e passo a citar “(…) enquanto Presidente da Câmara não reconhece legitimidade a ninguém para fazer ultimatos a este executivo”. (fim de citação).


Pois bem, eu estou para ver se esta Administração da Prazilândia vai utilizar as minhas Ideias e o meu Projecto, reservando-me, nesse caso, a tomar as atitudes que entender!


A Democracia, de que ainda ontem o País comemorou mais um ano da Revolução de Abril, alicerça-se em dois tipos de Legitimidade – a Legitimidade Eleitoral e a Legitimidade Política.


A primeira, obtém-se em resultado de Eleições Livres, e quando se ganham, assumindo as responsabilidades inerentes;


A segunda, constrói-se e renova-se todos os dias, Cumprindo com Coerência as Exigências de Cada Tempo; satisfazendo as Necessidades e as Expectativas das Populações e Salvaguardando o Interesse e a Boa Imagem da “Coisa Pública”!

Nada do que parece estar a acontecer em Castanheira!...



Vou terminar, citando Agustina Bessa Luís: “O país não precisa de quem diga o que está errado; precisa de quem saiba o que está certo”.


E eu direi:


Não sei se fiz aqui a figura retórica de quem diz, apenas, o que está errado, mas tenho a certeza de que Esta Casa e A Castanheira precisam de quem saiba o que está certo!!!




Castanheira de Pêra, 26 de Abril de 2010-04-26


José Manuel David Tomaz Henriques

quarta-feira, 31 de março de 2010

O PORQUÊ DAS COISAS

CARTA ABERTA AOS CASTANHEIRENSES


O PORQUÊ DAS COISAS”


Convidado pelo Presidente da Câmara a participar num workshop sobre Desenvolvimento Local que se realizou na Câmara Municipal, há sensivelmente dois anos e meio, confrontei a Drª Ana Paula Neves e o Sr. Arnaldo Santos, enquanto Autarcas que, ao tempo, tinham ou haviam tido responsabilidades na Administração da Prazilândia, com o Total Imobilismo e Falta de Estratégia com que se estava a olhar para o sucesso da Praia das Rocas.

Pois bem, com o mesmo espanto com que eu não compreendia e achava perigoso e pouco curial para o Futuro da Castanheira, que se deixasse tamanho sucesso ao Deus dará, sem ser devidamente “tratado”, sem ser enquadrado numa Estratégia mais Ampla e Transversal, a Drª Ana Paula e o Sr. Arnaldo desdobraram-se em argumentos para tentar demonstrar que eu estava enganado e que não era possível fazer mais nem melhor até “porque a situação deixada pelo ex-Presidente da Câmara, Pedro Barjona, era insustentável!...”.

Contrapus, exemplificando que a Praia das Rocas era como que uma “criança”acabada de nascer, de que era preciso cuidar, levar à escola na altura certa e acompanhar até à maioridade e que eles, enquanto “adultos”, eram as pessoas a quem tinha sido “entregue essa responsabilidade”!

Alertei-os, vivamente, para o facto de que se deixassem “cair” a Praia das Rocas, a seguir, podia gastar-se o dinheiro que se quisesse em publicidade para tentar recuperar a imagem granjeada, que jamais se conseguiria, e aí, a Castanheira, teria tombado definitivamente!

Bom, “a coisa” foi encerrada com a intervenção de um destacado ex-Autarca Castanheirense ali presente, com carreira feita no PS, quando disse: “atenção, tomem a devida nota de tudo o que o Zé Manel Tomaz Henriques está a dizer, porque é verdade e pode acontecer, e se acontecer, pode mesmo ser o fim!...”

Este episódio, somado a muitas e muitas outras situações de que me fui apercebendo e que me preocuparam muito enquanto Castanheirense, foi o que me fez procurar imensas vezes o Dr. Fernando Lopes para lhe dar conta das minhas críticas construtivas, e que me levou a propor-lhe, no fim da Primavera de 2009, a criação de uma empresa privada que angariasse publicidade e promovesse eventos que, legalmente e em parceria com a Câmara e/ou a Prazilândia, pudesse implementar um projecto de Animação e Desenvolvimento Turístico e de Lazer que afirmasse a Castanheira em contextos mais amplos e ambiciosos.

Depois de algumas conversas em que explanei várias das ideias que achava importante desenvolver, o Presidente da Câmara perguntou-me se, caso ganhasse as Eleições Autárquicas de Outubro, eu não estaria disposto a desenvolve-las através do cargo de Administrador da Prazilândia.

Surpreendido, porque nunca fora esse o meu objectivo, recusei.

Contudo, depois de ter amadurecido a ideia, aceitei com uma condição: que fosse o Dr. Fernando Lopes o Presidente do Conselho de Administração, condição que aceitou.

Importa salientar que na altura o Dr. Fernando Lopes julgava, pelo menos foi isso que me disse, que o Conselho de Administração podia ser composto, apenas, por nós os dois.

Após a sua Tomada de Posse e depois de alguns adiamentos, quando começou a tratar do assunto, disse-me que tinha sido alertado pela Drª Castanheira Neves para o facto de o Conselho de Administração ser, obrigatoriamente, composto por três elementos e, por isso, marcamos uma reunião para tratar do assunto.

Nessa reunião, cuja data não sei ao certo, mas que aconteceu entre os dias 20 e 30 de Novembro, adiantou-me, preocupado, que a Drª Castanheira Neves lhe tinha traçado um “quadro muito negro” sobre a Prazilândia e que a situação impunha um saneamento financeiro que poderia passar pelo despedimento de pessoal.

Acordámos, então, que o terceiro Administrador que viéssemos a escolher não seria remunerado e, portanto, não-executivo, e que se estudaria uma forma de compensação digna, mas de baixo custo, tipo senhas de presença nas reuniões, deslocações, telemóvel, etc.


AS ESCOLHAS DOS NOMES”

Os pormenores de todas as negociações que decorreram ao longo dos últimos cinco meses, a serem divulgados, se-lo-ão, primeiro, nas sedes próprias.

Seguidamente, transcrevem-se as várias hipóteses que estiveram em apreciação ou negociação para o Conselho de Administração da Prazilândia.


Primeira Hipótese

Proponente: José Manuel Henriques


Presidente: Dr. Fernando Lopes

Administrador Executivo: José Manuel Henriques

Administrador Não Executivo: Sr. Pedro Graça


Nota: Esta hipótese ficou em stand by por 3 ou 4 dias.



Segunda Hipótese

Proponente: Dr. Fernando Lopes


Presidente: José Manuel Henriques

Dois Administradores Executivos e Remunerados


Nota: Esta proposta foi-me apresentada numa reunião no dia 2 ou 3 de Dezembro. Recusei, peremptoriamente, por ser onerosa para a empresa e dificultar o financiamento do Projecto e a consequente Dinamização Turística e Económica da Castanheira.


Terceira Hipótese

Nota: Recuperou-se a primeira hipótese aqui enunciada e o Dr. Fernando Lopes desenvolveu (?) negociações durante todo o mês de Dezembro para, no inicio de Janeiro, me dizer que tinha sido vetada pela Drª Ana Paula Neves e pelo Sr. Arnaldo Santos.


Quarta Hipótese

Proponentes: Dr. Fernando Lopes e José Manuel Henriques


Presidente: Dr. Fernando Lopes

Administrador Executivo: José Manuel Henriques

Administrador Não Executivo


Nota: Esta hipótese foi desenvolvida entre os primeiros dias de Janeiro e o dia 27 de Fevereiro. A pessoa contactada, inicialmente aceitou o convite e mais tarde declinou-o.


Quinta Hipótese

Proponente: Dr. Fernando Lopes


Presidente: Dr. Fernando Lopes

Administrador Executivo: José Manuel Henriques

Administrador Não Executivo: Sr. José Ribeiro


Nota: Esta hipótese, pelo menos foi o que o Dr. Fernando Lopes me fez crer, foi desenvolvida entre os dias 1 e 9 de Março.


Sexta Hipótese

Proponentes: Dr. Fernando Lopes e outros


Presidente. Sr. José Ribeiro

Administradores Executivos: Drª Clara Kalidás e José Manuel Henriques


Nota: Esta hipótese foi-me apresentada no dia 10 de Março numa reunião em casa do Dr. Fernando Lopes.

Perante tão surpreendente proposta confrontei o Dr. Fernando Lopes com um conjunto de perguntas e simulações na tentativa de perceber a extensão da sua atitude.

E percebi !...


O resto, é conhecido !...

quinta-feira, 18 de março de 2010

NOTA EXPLICATIVA

Depois de todos os acontecimentos recentes em que me vi envolvido por causa da Prazilândia e que esteve, aliás, na base da criação deste blog, tenho a Legitimidade e o Dever de me dirigir aos Castanheirenses para lhes explicar e aclarar muitos aspectos deste processo que não podem ficar pela sua metade.

Com o formato de uma Carta Aberta e sob um alinhamento fraccionado, vou desenvolver nos próximos dias os seguintes títulos:
  • Desenvolvimento do Projecto
  • O Porquê das Coisas
  • Decepção, Indignação e Coluna Vertebral
  • Democracia, Eleições e Legitimidade Política

O Desenvolvimento do Projecto, que até nem devia ser o primeiro título a desenvolver, vai sê-lo por duas razões:
  1. Porque no essencial Estratégico, Financeiro, Económico e Estrutural foi devidamente explicado e desenvolvido nas várias conversas e reuniões que nos últimos meses mantive com o Presidente da Câmara, por forma a que, tanto ele como o Executivo, por seu intermédio, conferissem o alcance das propostas enuncias, e antes que se apoderem das minhas ideias vou entregar o Projecto com todo o seu desenvolvimento na Secretaria da Câmara e pedir uma cópia autenticada;
  2. Porque assim, todos os Castanheirenses ficarão a saber, em pormenor, o que se pensava fazer e como.

quarta-feira, 17 de março de 2010

MEMÓRIA FUTURA BEM CONTADA

Depois de vários meses de um inacreditável processo com telefonemas, sms, mails e reuniões e mais reuniões com o Presidente da Câmara, com o objectivo de constituir o Conselho de Administração da Prazilândia, para o qual fui, por ele, convidado em Julho passado, resolvi auto excluir-me do processo por não ver cumpridos os pressupostos acordados.

Com efeito, a referida auto exclusão decorre e confirma-se pela ausência de resposta do Presidente da Câmara a uma mail que lhe enviei na passada segunda-feira, e que a seguir se transcreve.

O documento em questão tem por objectivo tornar público aos Castanheirenses o comportamento que está subjacente a uma tomada de decisão deveras importante para o Futuro de Castanheira.



Caro Fernando Lopes,

Depois da nossa reunião, em sua casa, no dia dez do corrente, reflecti muito sobre o que falámos e sobre a sua nova proposta de configuração da Administração da Prazilândia.

Em primeiro lugar, e apesar das razões de índole particular que invocou para não querer ser o futuro Presidente do Conselho – primeira das três condições fundadoras do nosso acordo –, não acho, sinceramente, que o facto de estar a encarar a hipótese de não terminar o seu mandato, seja razão para alterar o que estava combinado. Quando saísse, se saísse, ver-se-ia.

Depois, porque ao enunciar uma configuração com os três elementos remunerados no Conselho de Administração, contraria outra das condições fundadoras e que passava pela desoneração, saneamento e contenção financeira e previa um só administrador-executivo e remunerado.

Finalmente, a mais importante das três condições fundadoras do nosso acordo, legitimava-se no Projecto de Dinamização e Desenvolvimento que lhe apresentei e que, por inerência de “propriedade”, me permitia a sua implementação no terreno através do cargo de administrador-executivo, ainda que, como combinado, sujeito a avaliações de desempenho anuais.

Ora, quando parecia estarmos perto da solução que há muito urge, e, atendendo a tudo o que me disse nos últimos dias e que passava por colocar no lugar de administrador não executivo, uma “pessoa” sua conhecida de Coimbra, com conhecimentos na área do Turismo, por ter sido assessor do falecido Dr. José Manuel Alves, a configuração que nessa reunião, surpreendentemente, me apresentou, sai fora de tudo o que anteriormente me disse e contraria todos os pressupostos que nos federaram:

- Um administrador remunerado em vez dos três que agora sugere;

- José Ribeiro, seu amigo de Coimbra, não como administrador não executivo, mas como Presidente do Conselho de Administração, lugar que teria de ser seu.

Repare, se se arrancasse, agora, com estas condições, ainda nada havia sido feito e os encargos fixos, fora outros por inerência dos cargos, já tinham aumentado cerca de 4500€/mês, 63000€/ano! (12600 contos/ano!).

Então, como é que se explica e pode ser compreensível que há um mês atrás, quando ainda se “lutava” para que viesse a ser eu o único administrador-executivo e remunerado, me tenha sido proposto, por uma questão de contenção de custos, um abaixamento de salário de 500€/mês, tomando como referência a situação do actual administrador-executivo cujo salário é de 1850€/mês, vindo eu, portanto, a usufruir de 1350€/mês, e agora, esta proposta, contempla 1500€/mês para cada um dos DOIS administradores (Dra. Clara Kalidás e eu), e mais ainda, em regime de meio-tempo, 800€/mês para o Presidente do Conselho, cuja entrega de trabalho seria de um dia por semana?

E andou-se até aqui (cinco meses !), obsessivamente, a construir argumentos para dificultar a minha nomeação, pelo eventual impacto negativo que a mesma poderia ter, mesmo sendo eu o único Castanheirense que se levantou da cadeira confortável da crítica fácil e não construtiva e se aprestou a corporizar o único Projecto Estratégico de curto e médio/longo prazo que se conhece – incluindo todas as administrações da Prazilândia – cuja exequibilidade é inequívoca e a alavancagem financeira facilmente demonstrável?!

Que serviço “estaríamos nós” a prestar à Castanheira?!

Antes que os Castanheirenses se interroguem para tentar perceber o que esteve por detrás ou na base destas decisões, interrogo-me eu, desde já. Agora!


Meu Caro Fernando,

Em todo este processo houve uma coisa que sempre nos aproximou e uma outra que sempre nos separou.

A primeira, foi o valor que sempre me disse reconhecer no Projecto, o interesse enquanto Presidente da Câmara em o ver implementado no terreno e o discernimento que sempre me mostrou para assumir que este projecto, para ser desenvolvido por mim, tinha, obrigatoriamente, de o ter a si como Presidente da Prazilândia.

A segunda – a que sempre nos separou – e é com todo o respeito, como de todas as outras vezes que lho disse, que mais uma vez volto a dizer-lho:

- Seja Presidente da Câmara!

Não tenha dúvidas de que é isso que os Castanheirenses esperam de si!

Quanto às pessoas que aventou para a Administração da Prazilândia, em primeiro lugar e em relação à Dra. Clara Kalidás, nada tenho contra ela, pelo contrário, creio, até, poder dizer que entre nós sempre houve uma grande empatia.

A questão não é essa.

A questão prende-se com aspectos de estratégia financeira.

Por um lado a contenção que a situação da empresa exige, opinião, aliás, partilhada pela Dra. Castanheira Neves e que o Fernando disse que eu deveria ter em conta quando assumisse a Administração, por outro lado, a imperiosa necessidade de canalizar todas as verbas que possam ser aportadas à estratégia de financiamento do Projecto, por forma a garantir o crescimento e a sustentabilidade económica de Castanheira.

Quanto ao Sr. José Ribeiro, cuja nomeação para Presidente sustenta com os factos de, por não ser Castanheirense, mais facilmente “poria ordem na Prazilândia” e cujos “conhecimentos seriam uma mais valia", pergunta-se:

- Os funcionários da Prazilândia devem assim tanto ao desempenho e ao bom comportamento que precisem dum "chicote correctivo", ou apenas e sempre esperaram, sem sucesso, que lhes explicassem qual o Objecto Social da Empresa e lhes fosse apresentada uma Estratégia de Futuro de que se sentissem Parte Integrante e em que as suas situações profissionais fossem clarificadas e classificadas e os seus desempenhos responsabilizados e premiados?!

- E "a mais valia dos conhecimentos" dos Sr. José Ribeiro, preenche, por acaso, algum dos três aspectos de carácter estritamente técnico que o Projecto que apresentei necessita ser munido para, certificadamente, os implementar, e que seguidamente relembro?!

a) Estudo de Mercado para quantificar o valor actual da Praia das Rocas no mercado publicitário e o upgrade decorrente da implementação das acções e eventos a desenvolver;

b) Estudo Sociológico para identificar o público actual da Praia das Rocas e caracterizar o público-alvo;

c) Estudo Técnico e Ambiental para se proceder à renovação das águas da piscina e da Praia, e seu escoamento no leito da ribeira, para, assim, se poder abrir, garantida e certificadamente, a praia às segundas-feiras.

É que para desenvolver todo o resto deste Projecto, cuja exequibilidade não tenho qualquer problema em defender em qualquer lado e qualquer plateia, e tal como se infere do conceito "Slow Cities", se se quiser Afirmar uma Região nos contextos Turístico e de Lazer, no caso, a Castanheira, é fundamental que a partir das Nossas Particularidades e Especificidades criemos Produtos Bem Estruturados e de Qualidade que ofereçam "Hospitalidade, Politica Ambiental, História e Tradições Locais" e só há uma forma de "criar" produtos assim:

- Sabendo para que lado corre o mundo e sopra o vento;

- Nascendo e Vivendo neles e Com eles, mesmo antes deles existirem!;

- Sentindo, Amando, Importando-se!

E a terminar quero dizer-lhe, preocupadamente, que muito mal vai uma Terra onde a Agenda Política, não se pauta por medidas desassombradas e estruturantes mas pela pequena política condicionada por interesses federados, umbilicais e de passo curto.

Não! O que o meu “lastro” de vida, que não é só negativo, me diz, é que Esta Solução Não Acautela os Superiores Interesses da Castanheira e que isso me obriga a olhar para as coisas de outra maneira.


Caro Fernando,

Não quero estar muito mais tempo ligado a este impasse que me desgasta e está a prejudicar , mas que prejudica muito e muito mais a Castanheira, Minha Terra!

Quanto à sua enorme "dificuldade", manifestada para mim em sua casa no passado sábado, em arranjar um eventual e plausível argumento para dar ao Sr. José Ribeiro, se não o confirmasse como Presidente da Prazilândia, "três dias após lhe ter dado a entender isso", pergunto-lhe:

E comigo?!

Sete meses com a "cabeça metida" neste Projecto!?...

Criando novas expectativas de vida e não me envolvendo noutras!?...

Assumindo compromissos, "sentados" no compromisso que assumiu comigo!?..

Finalmente, quero manifestar-lhe o meu reconhecimento por acreditar em mim e no meu Projecto, mas não posso deixar de lhe dizer que nunca consegui, e não consigo, ficar Indiferente à Decepção, se e quando, ela me bate à porta!


Em face do que aqui lhe exponho,espero uma resposta sua até ao ínicio da tarde de amanhã (terça-feira), na expectativa de que, tal como acordámos em Julho e o reafirmámos em Outubro, este Projecto deveria ser desenvolvido por mim no "terreno", sendo que, acima de mim, só poderia estar, concomitantemente o Presidente da Câmara e o Presidente da Prazilândia.


Aceite um abraço ao Presidente da Câmara,

José Manuel Henriques